terça-feira, 6 de abril de 2010

Era Ana minha insônia.


Você já dormiu numa casa cheia de goteiras? Horrível. Você se assusta quando as gotas caem e é impossível conviver com aquela música infernal, mas não com Ana. Dormi com Ana dentro de uma barraca azul, inteligentemente armada sob um teto cheio de goteiras. Em poucos minutos, as extremidades dos lençóis estavam molhadas, a vida estava fria e os mamilos clarinhos de Ana estavam duros tentando rasgar minha camiseta cinza que ela havia vestido para tentar aplacar o frio. Eu costumava usar aquela camiseta como lenço durante os meus resfriados; ela era macia e menos agressiva que papel higiênico, mas ela sabia e parecia não se importar.


A desagradável sinfonia das gotas parecia embalá-la e eu podia notar, pela sua respiração, que o sono era pesado. Aqueles malditos e tão lindos mamilos, porém, estavam bem acordados. Rolei no colchão inflável quase vazio e tentei apagar aquela imagem tão excitante da minha mente diabólica. Não funcionava. O cheiro de Ana invadia minhas narinas e meu pau respondia imediatamente, infalível. Minha cueca levantava, minhas mãos não me obedeciam e enfim me aproximei daquele corpo quente e todo arrepiado.

Eu a amava. Não queria acordá-la, tão linda com aqueles cabelos escuros meio caindo na boca e meio se embaraçando no travesseiro. Deliciosa. Dei uma puxada no cobertor só pra relembrar a cor da sua calcinha, tão delicado quanto pude – eu a amava, lembrem-se, mais do que amava meu próprio pau – e a calcinha era branca, como quase sempre era. Branca, com finas tirinhas laterais e alguma renda que eu não conseguia enxergar direito. Ana tinha as pernas finas; afinal, é isto que se espera das mulheres muito magras. Tinha aquelas coxas finas e branquinhas cobertas de uma leve penugem que eu adorava acariciar durante os nossos domingos tediosos. E um puta de um quadril enorme! Pernas finas seguidas de um quadril largo e, logo em seguida, uma bunda firme, redonda, que escapava pelos lados e conferia à minha Ana uma silhueta apaixonante.

Seus mamilos não sossegavam e enquanto eu a olhava e acariciava meu pau, ela me presenteou com um daqueles seus gemidos de sono profundo, daqueles que ela sempre geme quando o sono tá muito bom. Depois mexeu as mãozinhas magrelas e alojou uma delas entre suas pernas que eu imaginava muito quentes. Se as pernas estavam quentes, pensemos naquela buceta, meu Deus, aquela coisa pegando fogo e pronta pra derreter meu pau... droga. Ana adora dormir como adora poucas coisas no mundo, acordá-la seria de uma maldade sem tamanho e ela demoraria muitas horas pra me perdoar. Dane-se, ela me amava também e saberia me perdoar caso a acordasse.

Mas então a sacana decidiu mudar de lado, bem quando eu havia criado coragem pra tirar sua calcinha pequena que não comportava direito toda a grandiosidade do seu quadril. Ficou de costas. E como eu, humano idiota dotado apenas de línguas humanas igualmente idiotas, seria capaz de descrever aquela imagem? Era meu ângulo favorito, definitivamente. Quando nos conhecemos, me apaixonei primeiro por sua bunda e depois aprendi a amar o resto. Sou um homem de bundas, acho que sou assim com todas as minhas mulheres. Olhava já babando pra aquela bunda branquinha e meu pau doía.

Meu amor por Ana era maior que tudo isso e eu era capaz de sobreviver sem incomodá-la. Então, enfiei a mão direita dentro da cueca enquanto repousei muito suavemente a outra sobre aquela bunda fenomenal. Minha mão subia e descia e eu não fechava os olhos em momento algum, vidrado no copo da minha doce Ana, agora meio vadia. Estava respirando alto e o silêncio da casa era tanto – interrompido apenas pelas goteiras – que meu pau parecia fazer um barulho desgraçado. Ela gostava desses barulhos estranhos quando estava acordada, mas agora estava na terra tranquila dos que sabem dormir. Gozei em poucos minutos e me arrependi imediatamente depois. Puta sujeira, meus dedos iam começar a grudar a qualquer momento e estava frio lá fora. Sentei-me e comecei a procurar papel higiênico na barraca, quem sabe, alguma roupa meio suja, qualquer coisa.

Aí Ana se sentou também. Ainda meio de olhos fechados, cabelos totalmente alucinados, mamilos mais lindos que nunca. Sorriu com preguiça, olhou minha mão toda suja e abriu um sorriso maior ainda. Lambeu tudo, dedo por dedo, chupou todos eles olhando nos meus olhos como se estivesse chupando meu pau, não deixou sobrar uma gota sequer. Depois tirou a camiseta, voltou a deitar e disse:
- Vê se dorme, boy.

Mina Vieira.

10 comentários:

crap disse...

"eu a amava, lembrem-se, mais do que amava meu próprio pau"

e isso é amor pra caralho, sem trocadilhos.

o lance de se apaixonar por bundas me lembrou que eu preciso ler o cheiro do ralo.

Chantal Garrett disse...

seus textos são sensacionais.

Marginália pura!

=* amei

Anônimo disse...

Quem será essa Ana, estou louco pra conhece-la...

Anônimo disse...

Mano, não entendi uma coisa.


Se ele usou uma mão pra bater punheta, o que fez com a outra mão?Enfiou um dedo na Ana?

Mina Vieira disse...

"Então, enfiei a mão direita dentro da cueca enquanto repousei muito suavemente a outra sobre aquela bunda fenomenal. "

Ele acariciou a bunda dela, só isso.

Diego Fracari disse...

Você escreve melhor que o Marçal Aquino. Pronto falei.

Anônimo disse...

blog novo (ou não): http://thirdlog.blogspot.com/

com muita vontade de escrever, sem nenhuma vontade de procurar templates.

that is, se você ainda tem paciência para as minhas letras.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
L. Fernando Rintrah disse...

Libertinamente cativante...
conquistou um leitor.

alexandre disse...

Vc devia ter apresentado esse texto para a Mariangela como uma lembrança, acho que ela ia achar mais do que vírgulas para corrigir.rsrs

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